E esta enxaqueca,
E as diversas agulhas que se espetam em névoa entre as minhas sobrancelhas.
Quem as vais parar?
E quem irá parar a dor que transborda a alma...?
Quem irá parar o desespero que nem sempre dá sinais de vida?
O que levará a morte quando ela vier?
Acho que nada.
Nada vai e nada vem, porque nada existe.
Somos todos apenas uma miragem. Mas uma miragem tão perfeita que se ergue nas nossas mentes com toda a clareza e pormenor.
Cabe àqueles que de vez em quando se apercebem, tentar forçar a realidade a impôr-se.
A realidade, no entanto é invariavelmente distorcida à causa de sonhos, fantasias e esperanças.
Dizem, os grandes, que os temos para nos distrair da desgraça.
Para aproveitar a vida como ela se apresenta à vista desarmada.
Digo eu que os temos para nos taparem os olhos e nos impedirem de seguir em frente.
De aceitar aquilo que não temos força para mudar.
A verdade é que mudar alguma coisa não consta na nossa lista de possibilidades.
Foi arrastada pela invencível corrente marítima e agora só resta a areia.
Vou desenhar na areia e retomar à infância.
Vou ser feliz por alguns momentos...
Esperem aqui, eu já volto...
segunda-feira, 22 de março de 2010
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Limite
O meu desiquilíbrio vem de opostos.
Vem do silêncio extremo e do barulho mais ensurdecedor ao mesmo tempo.
Vem da paixão quente e abrasadora e da frieza glaciar que me inunda.
Vem do choro desalmado e da expressão mais estupefacta.
Vem da dor e da satisfação.
Arde
Arde tão forte que já não sinto agonia.
E a agulha que puxa o meu centro para fora, aquela que pretende arrancar-me os orgãos entra cada vez mais fundo.
E ela chama... chama por mim. A morte chama por mim.
Os tremores desenvolvem-se num engasgar. Como se a realidade fosse demasiado dura para se mastigar.
É como a ferida aberta que rasga mais um pouco e se inunda em sangue.
É como o revólver cruel da indiferença.
É como aqueles poucos segundos antes do além, em que a vida nos passa toda diante dos olhos.
Hoje não vai dar...
Vai ter que ser.
Vem do silêncio extremo e do barulho mais ensurdecedor ao mesmo tempo.
Vem da paixão quente e abrasadora e da frieza glaciar que me inunda.
Vem do choro desalmado e da expressão mais estupefacta.
Vem da dor e da satisfação.
Arde
Arde tão forte que já não sinto agonia.
E a agulha que puxa o meu centro para fora, aquela que pretende arrancar-me os orgãos entra cada vez mais fundo.
E ela chama... chama por mim. A morte chama por mim.
Os tremores desenvolvem-se num engasgar. Como se a realidade fosse demasiado dura para se mastigar.
É como a ferida aberta que rasga mais um pouco e se inunda em sangue.
É como o revólver cruel da indiferença.
É como aqueles poucos segundos antes do além, em que a vida nos passa toda diante dos olhos.
Hoje não vai dar...
Vai ter que ser.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Pathos
I'd like to die.
I'd like to kill you.
I'd like to feel as if I owned death.
It echoes in the darkness and it calls my name.
It knows me so well, as if I'd never been born.
When you look at me, my skin burns of guilt.
And I feel my eyeballs bursting.
I cannot see colour. Not the sky, not the sun.
Black and grey, that is my world. The world I have now embraced as mine.
Just get over with it.
Take me to the place where I'll be trespassed.
Invaded like a penetrated soul.
Just take me way.
I'd like to kill you.
I'd like to feel as if I owned death.
It echoes in the darkness and it calls my name.
It knows me so well, as if I'd never been born.
When you look at me, my skin burns of guilt.
And I feel my eyeballs bursting.
I cannot see colour. Not the sky, not the sun.
Black and grey, that is my world. The world I have now embraced as mine.
Just get over with it.
Take me to the place where I'll be trespassed.
Invaded like a penetrated soul.
Just take me way.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
Just SAY it
If I could... If I actually could.
If it'd stop raining... Maybe I could do it.
I look in the mirror and I don't recognise myself. I will be able to do it someday, I hope.
I will look at myself and I will say it...
SCREAM IT
And I won't be ashamed of it.
I won't be ashamed.
Because it's normal... And I can fail. I CAN FAIL.
I have to let me have my bad moments.
So, maybe someday, sometime, I'll look in the mirror and SCREAM to the world...
There... I said it.
If it'd stop raining... Maybe I could do it.
I look in the mirror and I don't recognise myself. I will be able to do it someday, I hope.
I will look at myself and I will say it...
SCREAM IT
And I won't be ashamed of it.
I won't be ashamed.
Because it's normal... And I can fail. I CAN FAIL.
I have to let me have my bad moments.
So, maybe someday, sometime, I'll look in the mirror and SCREAM to the world...
There... I said it.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Descobertas
"Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda fazer Teatro; examine se estende as suas raízes pelos recantos mais profundos da sua alma; confesse a si mesmo: morreria se lhe fosse vedado fazer teatro? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranquila da sua noite: "Sou mesmo forçado a representar?" Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade."
Rainer Maria Rilke, adaptado.
Quando estou deitada na cama à noite, na penumbra do meu quarto, antes de adormecer, pergunto-me, questiono-me... No dia em que a resposta for "não", nesse dia, saberei que deixei de ser eu própria.
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