terça-feira, 10 de novembro de 2009

Limite

O meu desiquilíbrio vem de opostos.
Vem do silêncio extremo e do barulho mais ensurdecedor ao mesmo tempo.
Vem da paixão quente e abrasadora e da frieza glaciar que me inunda.
Vem do choro desalmado e da expressão mais estupefacta.
Vem da dor e da satisfação.

Arde
Arde tão forte que já não sinto agonia.
E a agulha que puxa o meu centro para fora, aquela que pretende arrancar-me os orgãos entra cada vez mais fundo.
E ela chama... chama por mim. A morte chama por mim.
Os tremores desenvolvem-se num engasgar. Como se a realidade fosse demasiado dura para se mastigar.
É como a ferida aberta que rasga mais um pouco e se inunda em sangue.
É como o revólver cruel da indiferença.
É como aqueles poucos segundos antes do além, em que a vida nos passa toda diante dos olhos.

Hoje não vai dar...
Vai ter que ser.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Pathos

I'd like to die.
I'd like to kill you.
I'd like to feel as if I owned death.

It echoes in the darkness and it calls my name.
It knows me so well, as if I'd never been born.
When you look at me, my skin burns of guilt.
And I feel my eyeballs bursting.

I cannot see colour. Not the sky, not the sun.
Black and grey, that is my world. The world I have now embraced as mine.
Just get over with it.
Take me to the place where I'll be trespassed.
Invaded like a penetrated soul.

Just take me way.