terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ar Fresco

Is it time? I'm guessing it's today... I don't know why really, it's just a feeling, a vibration, nothing certain. A night of awareness, of understanding, I guess I could say the light beggining to emmerge at the end of the tunnel. How good to feel a little confort, a distance hug. I'll do it... I will... and with a smile on my face!
O destino destina, mas o resto é COMIGO!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Reencontro

Estou muito cansada e apetece-me escrever. Há muito tempo que não me apetecia escrever; desde o tempo em que me roubaste as palavras. Estou a olhar pela janela e vejo o amanhecer a impôr-se cada vez mais, no entanto tenho a certeza de que não passa das duas horas da madrugada. Hoje sou o reflexo daquilo que fui e sou a sombra daquilo que serei. Não sou aquilo que sou nem aquilo que pretendia ser, tal como a luz do amanhecer que se infiltra na madrugada. Sou tal como o espelho partido que dá sete anos de azar e como os morangos fora de época. Sou aquilo que fazem de mim enquanto páro para observar a folha que outrora foi verde e que agora cai castanha no chão a anunciar o outono. Adoro a maneira como se dedilha as palavras e como se lhes dá forma. Primeiro surgem na mente como que em névoa e depois, ao passá-las para a escrita, tomam outra aparência, como se a ideia original ficasse oculta numa beleza que para ela foi especificamente criada. Realmente aquilo que sou não passa de um embelezamento da minha própria natureza. Um embelezamento criado pelos outros e para outros, para que eles consigam olhar-me e ver a tal folha que é levada pelo vento, para que para eles, a folha não caia, mas esteja simplesmente à deriva ao sabor da brisa. Por isso é que sou o reflexo do que em tempos fui e a sombra daquilo em que me tornarei... nunca constante e sempre distante. Distante da azáfama humana que toma lugar a passear nas ruas populadas da cidade. Mas não, a minha alma paira sempre num lugar longíquo, onde só os meus pensamentos têm permissão para entrar. É nesse lugar que o meu "eu" se torna "eu" e deixa de ser simplesmente a superfície de um lago. Dá-se o maravilhoso encontro entre a mente e o espírito e o corpo deixa de se movimentar para passar a levitar.
Quero um dia olhar à volta e ver em todas as paredes que me rodeiam, todas as paredes que há medida que o tempo passa se tornam mais apertadas, ver em todas as multidões, o lugar longíquo que marca a passagem do consciente para o inconsciente... o meu, e só meu, Nirvana.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

É que nada mais importa, nada mais conta, nada mais chega. Nada me satisfaz, nada me põe contente. Não consigo escrever porque não há nada para dizer. Como disse o meu caríssimo compatriota, Eugénio de Andrade, as palavras estão gastas. Não digo porque não consigo. Não amo porque não tenho amor para dar. Estou vazia, oca, nua... Estou despida de tudo. Não há nada a que me agarre porque nada vale a pena. Tiraram-me tudo. Levaram-me aquilo pelo qual eu achava que valia a pena lutar. Acabou, para mim acabou. Preciso de renascer das cinzas, porque neste momento, neste preciso momento, não tenho nada cá dentro. Não tenho nada que me faça acordar todos os dias de manhã, não tenho nada por que ansiar. Não tenho nada. Levaram-me tudo. Tudo. Conseguiste. Conseguiram fazer de mim uma pobre criatura. Uma pessoa de quem se tem pena. Olho para mim e não queria ser quem sou, não queria estar aqui, neste mundo. Não queria ter estas olheiras tão vincadas nem este corpo tão ossudo. Não queria ter estas feridas que não param de sangrar. Não queria ter esta vontade de deixar de existir. Não queria ter esta agonia que arde tanto... Não queria estar nua, exposta. Não queria estar vulnerável. Estou doente por dentro. Estou doente de uma doença que não tem cura. Estou débil e frágil, como nunca estive. Puseram-me assim e o que se passa comigo não se resume a um dia mau. É então que me pergunto, quando é que isto vai passar?
Passa quando algum dia se conseguir cruzar a linha do horizonte. Passar o limite do consciente para o inconsciente.
No dia em que se encontrar a cura...

domingo, 2 de agosto de 2009

Até sempre

Não sei mesmo o que dizer nem o que pensar.
Os pensamentos são tantos e tão rápidos que estou extraordinariamente calma.
Foi um dia de emoções fortes, é verdade.
Um turbilhão delas.
Chego ao fim, da mesma maneira como entrei nesta saga que é a minha vida, sem acreditar em nada nem em ninguém.
Acabo aqui, na situação que antecede uma viragem, um novo início, mas sim, estou sozinha.
Só me tenho a mim, ao silêncio e ao Teatro. Tenho a solidão do Teatro.
E é mesmo assim, com foi, como é e como será,
Eu, o silêncio e o Teatro.
Sempre.
Até ao fim.