segunda-feira, 22 de março de 2010

Ignorância bela, tão bela...

E esta enxaqueca,
E as diversas agulhas que se espetam em névoa entre as minhas sobrancelhas.
Quem as vais parar?
E quem irá parar a dor que transborda a alma...?
Quem irá parar o desespero que nem sempre dá sinais de vida?
O que levará a morte quando ela vier?
Acho que nada.
Nada vai e nada vem, porque nada existe.
Somos todos apenas uma miragem. Mas uma miragem tão perfeita que se ergue nas nossas mentes com toda a clareza e pormenor.
Cabe àqueles que de vez em quando se apercebem, tentar forçar a realidade a impôr-se.
A realidade, no entanto é invariavelmente distorcida à causa de sonhos, fantasias e esperanças.
Dizem, os grandes, que os temos para nos distrair da desgraça.
Para aproveitar a vida como ela se apresenta à vista desarmada.
Digo eu que os temos para nos taparem os olhos e nos impedirem de seguir em frente.
De aceitar aquilo que não temos força para mudar.
A verdade é que mudar alguma coisa não consta na nossa lista de possibilidades.
Foi arrastada pela invencível corrente marítima e agora só resta a areia.
Vou desenhar na areia e retomar à infância.
Vou ser feliz por alguns momentos...
Esperem aqui, eu já volto...