Eu idealizo-te, és a minha pessoa. A minha pessoa.
A pessoa que, na minha cabeça, é o equiíbrio perfeito de qualidades e fraquezas.
És a minha harmonia. O meu refúgio, onde sei que não há nada que penetre mais fundo do que tu.
Reflectes, meditas, pensas sobre as coisas. Pensas, tal como eu sonhei.
Importas-te, valorizas e percebes... percebes tão bem.
Entendes, tão bem...
Tens consciência, apercebes-te. Raciocinas.
Admiro-te por isso, por seres quem és. Tudo em ti. És a minha perfeição.
Imagino-te e és real. És mesmo real. Vejo-te passar todos os dias, com a profundeza do teu olhar a denunciar todo o teu conhecimento. No entanto, não te amo, não sou apaixonada por ti.
No entanto, consigo viver sem ti.
Porque és a minha pessoa, a minha pessoa. Sem ti, não sou eu. Sem ti, não chego lá. Mas vivi até hoje sem uma palavra matinal murmurada ao meu ouvido depois de uma noite de sono partilhado. Vivi até hoje sem o teu cheiro nas minhas roupas, sem o teu toque asperamente tão macio. Fi-lo até hoje e continuarei a fazê-lo.
Simplesmente, eu sou tu e tu és eu. És a simplicidade que eu procuro eternamente.
Sei viver sem ti, mas sem ti não sei o que é vida. Preciso de ti para a descobrir.
Aceito que nem tudo está destinado a acontecer, nem todas as histórias podem ter finais felizes. Por isso continuo por esta minha estrada fora, esperando, sonhando, rezando para que um dia cruzes este meu caminho e que o possamos reconstruir juntos.
Fico à espera que te despeças de mim...
Mas as palavras... essas... pisa-as toda a gente.
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